Designer responsável: Plínnio PDART
Em razão dos recentes acontecimentos envolvendo os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, percebemos a necessidade urgente de reforçar a importância de uma perícia autônoma e independente. Ressaltando a indispensabilidade de uma estrutura pericial robusta e eficiente e de peritos valorizados.
É fundamental compreender que a independência da perícia não se trata de uma crítica a qualquer instituição. Reconhecemos o trabalho árduo e muitas vezes subestimado realizado pelas polícias na busca pelo deslinde dos crimes.
No entanto, é imprescindível ressaltar que a autonomia da perícia é salutar para garantir a imparcialidade e a qualidade da apuração penal. Uma perícia independente tem a capacidade de realizar seu trabalho de forma objetiva, sem influências externas e de fornecer análises precisas e confiáveis para o desenrolar dos casos.
Muito importante destacar a necessidade de investimentos na polícia científica e, sobretudo, valorização efetiva dos peritos oficiais (peritos criminais e peritos médicos legistas). Afinal, os peritos desempenham um papel primordial na busca pela verdade e na promoção da justiça. Por isso, se não houver um reconhecimento adequado e incentivo financeiro dentro da instituição, o risco de perder esses especialistas para outras organizações que oferecem melhores condições salariais sempre estará presente.
Diante da complexidade e da sofisticação dos crimes na contemporaneidade, faz-necessário que esses profissionais estejam adequadamente preparados tecnicamente e salarialmente para oferecer respostas precisas e confiáveis para enfrentar esses desafios cada vez mais complexos.
Fatos como esses demonstram como é essencial que sejam implementadas medidas para valorizar esses profissionais, pois são eles que contribuem significativamente para a eficiência e credibilidade da apuração penal.